Também foi a segunda redução anual seguida. Em 2013, as vendas já
tinham caído 0,9% em relação a 2012, depois de altas consecutivas desde
2004. Apesar do bom desempenho de dezembro, com resultado 25,6% superior
ao de novembro e 4,6% maior que o do mesmo mês de 2013, o setor inicia o
novo ano com altos estoques, segundo fontes das empresas, e pressionado
pela volta do IPI.
Imposto - A cobrança integral da alíquota do
imposto, que estava reduzido desde maio de 2012, deve ter um impacto
médio de 4,5% nos preços dos automóveis, mas, com os estoques altos é
possível que o repasse ao consumidor ocorra só a partir do fim do mês ou
início de fevereiro. Na revenda Fiat Amazon, na região oeste de São
Paulo, por exemplo, há estoques com o IPI antigo por pelo menos 20 dias.
Para o vice-presidente da Ford América do Sul, Rogelio Golfarb, lidar
com a volta do IPI será um grande desafio para as fabricantes. Embora
duro, o setor concorda que o ajuste fiscal que a nova equipe econômica
do governo propõe, e que inclui o fim de benefícios fiscais, é
necessário. "Para uma indústria que investe muito pensando no longo
prazo, a solidez macroeconômica é fundamental", diz Golfarb.
Além do IPI maior, outras medidas como alta dos juros e menos aportes
no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – que
subsidia vendas de caminhões e tratores – podem inibir as vendas.
(Com Estadão Conteúdo)
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