Por ANTONIO MASCARENHAS
Prepostos da secretaria de
Agricultura Comércio Industria e Meio Ambiente de Santo Antonio de Jesus,
através da Diretoria de Meio Ambiente, em
atendimento à solicitação oriunda do Ministério Público que acolheu denúncia
sobre a derrubada de uma secular jaqueira no Bairro do Cajueiro, em Santo
Antonio de Jesus, dirigiram-se ao local
para efetuar notificação à proprietária do terreno que, por sua vez, alegou que
o corte da árvore foi feito porque estava servindo de esconderijo de marginais. INTERESSES PECUNIÁRIOS:
A proprietária da área também
argumentou que chegou a fazer permuta com alguém do município de Laje para o
corte e reaproveitamento da madeira para confecção de mesas, bancos e outras
especiarias. Tivemos conhecimento de que, em Laje-BA, não há, no município,
restrição a esse tipo de crime ambiental, mesmo havendo no âmbito estadual e
federal.

Uma desculpa, convenhamos, que
seria plausível se não dispuséssemos de um batalhão com policiais para
efetuação de rondas nas diversas artérias da cidade. Por outro lado, tal
explicação mostra que a parte substancial da sociedade não está “nem aí” para
com a imperiosa necessidade de preservação do meio ambiente. Longe disso.
Há uma lei municipal que versa,
no seu bojo, proibição a esse tipo de prática de acinte ao meio ambiente. Fica
patenteado, por conseguinte, que o ato
de derrubada da árvore feriu a dispositivos de lei, configurando-se em crime.
ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA: Diante dessa
situação ficamos a nos perguntar: estaria esse procedimento alimentando
especulação imobiliária, na medida em que, com o surgimento de novos
loteamentos, a chance de compra e venda de áreas de terrenos suscita melhores
condições para negociações?!

Obviamente, mais cedo ou mais
tarde, aqui e acolá, árvores desse tipo serão derrubadas, à luz das especulações
imobiliárias, por força da impetuosidade do capitalismo selvagem. Lutar contra
essa corrente, em meio às concepções reinantes, é, convenhamos, uma tarefa
hercúlea, utópica. “Devaneios” à parte, pelo menos a sociedade pode e deve
lutar contra práticas inconsequentes e brigar por reflorestamento. Caso contrário,
num futuro próximo estaremos fadados ao “tapete” asfáltico e “matas” de concreto.

No entanto, seria de bom alvitre que vereadores,
instituições ambientais como GANA (Grupo Ambiental Nascente), associações comunitárias,
etc. estivessem, de fato, preocupados com essa questão.
É imperativo que todos saiam das
quatro paredes para, em assim fazendo, situações dessa magnitude continuem
acontecendo e, para tanto, faz-se necessário um diagnóstico para monitoramento. Sabemos que o GANA recebe subsídios financeiros o suficiente para incentivar ações de reflorestamento mas que passa, necessariamente, pela coibição de práticas degradantes, dessa magnitude. O espaço está aberto para eventuais explicações. Fotos Antonio Mascarenhas
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