Perguntado se a sua condição lhe prejudica no mercado de trabalho, Yago confirma que já enfrentou algumas situações constrangedoras em entrevistas de emprego. “Sofro direto. Isso acontece muitas vezes, acaba sendo um problema recorrente. Quando vou procurar emprego, eu me visto de mulher, mas por conta do meu nome, querem que eu me vista como homem. Eles dizem que não tem como, que eu não posso entrar vestido de mulher. Esse é o preço que exigem, mas que eu não tenho condições de pagar. Me sinto uma mulher e não vou mudar quem eu sou por causa de preconceito”, diz.Sem uma solução, por enquanto, para o seu problema, o jovem espera por ajuda, para que o seu caso possa ser resolvido bem antes do prazo dado pelo hospital. “Eu tenho que ter paciência, infelizmente. Mas estou lutando pelos os meus direitos. É um absurdo aguardar tanto tempo para realizar a cirurgia de mudança de sexo. Na realidade, era para eu estar próximo disso. Seriam três, quatro anos de espera, porque a gente precisa sempre passar por um acompanhamento psicológico. Espero que alguém possa se sensibilizar com a minha luta e que eu consiga concretizar o meu sonho”, conclui.
O Centro de Referência e Treinamento (CRT) em DST/Aids, por meio de nota da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, informa que todos os pacientes passam por acompanhamento multiprofissional com psicólogos, psiquiatras, clínicos, entre outros, que prestam assistência aos pacientes com base em portaria referente ao processo trans-sexualizador do SUS. É necessário passar por atendimento com essa equipe multiprofissional por dois anos, no mínimo, para encaminhamento para cirurgia, e aguardar o agendamento do procedimento.G1
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